Drogas e o cérebro
Existem muitas pessoas com um desejo constante de alterar o estado de consciência recorrendo ao uso de drogas. Usam drogas estimulantes de modo a permanecerem acordadas e dançarem a noite inteira. Outras usam sedativos para ficarem mais calmas, ou mesmo substâncias que lhes permitem experimentar novas formas de consciência e esquecer os problemas diários. Todas as drogas interagem de modo particular com neurotransmissores e outros sistemas de mensageiros químicos. Em muitos casos, as drogas tomam conta de sistemas cerebrais envolvidos no prazer e recompensa – processos psicológicos importantes no acto de comer, beber, relações sexuais e até aprendizagem e memória.
O caminho para o vício e a dependência.
Algumas drogas que actuam no cérebro, ou no fornecimento sanguíneo ao cérebro, são extremamente importantes – como as drogas que aliviam a dor. O consumo de outras drogas “de recreio” tem objectivos bem diferentes, e podem levar à dependência. Com grande facilidade o consumidor pode tornarse viciado ou até dependente. Ele, ou ela, passa então a sofrer sintomas de sofrimento físico e psicológico quando interrompe o consumo de drogas. Este estado de dependência pode levar os consumidores a desejar a droga, apesar de com isto estarem a prejudicar o seu trabalho, saúde e família. Em casos extremos, o consumidor pode afundar-se socialmente e dedicar-se ao crime para poder continuar a pagar a droga.
Felizmente nem toda a gente que consome drogas de recreio se torna dependente. As drogas diferem muito relativamente à capacidade de induzirem dependência – desde drogas de risco elevado, como a cocaína, heroína e nicotina, a drogas de baixo risco, como o álcool, canabis, ecstasy e anfetaminas.
No processo de desenvolvimento de dependência das drogas, o corpo e o cérebro adaptam-se lentamente à presença da droga. Apesar dos locais de acção primária da heroína, anfetaminas, nicotina, cocaína e canabis serem todos diferentes, estas drogas