Drogas, um risco atual
Existe um despreparo dos pais aos professores de como lidar com seus filhos em relação às drogas e ao álcool. As pesquisas e as sucessivas estratégias de ação preventiva do governo sugerem que a sociedade ainda não está organizada quanto ao que fazer sobre as drogas e seus dependentes.
Parece que os pais estão divididos em dois grupos: há os mal informados e indiferentes quanto ao perigo das drogas, e há os esclarecidos, mas que não sabem como fazer para que os filhos não se viciem. Ou seja, em ambos os grupos o despreparo dos pais quanto à prevenção da narcodependência é parecido ao que ainda existe em relação à sexualidade dos filhos. (Obs: narcodependência, drogadicção, toxicomania, dependência química, são termos que se remetem ao mesmo problema, porém, cada termo é usado segundo abordagens distintas e momentos históricos específicos das pesquisas e dos debates sobre drogas. Conferir, abaixo, nota sobre a drogadicção).
Os pais que tendem a ansiedade e ao desespero quanto ao assunto, vale registrar a posição do Cedrid (Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas, da Universidade de São Paulo) que recomenda que os pais não devem demonstrar falta de atenção ou indiferença, nem devem transmitir excessiva preocupação, insegurança e pânico, aos filhos.
Também não basta falar sobre os malefícios das drogas, ou levar os filhos a assistir palestras com especialistas ou, ainda, fazê-los ler ou assistir reportagens de ocasião, em geral, superficiais, ingênuas e pouco reflexivas. Atitudes assim, mesmo bem intencionadas – inclusive de governos - , funcionam apenas para "converter os convertidos", mas não atraem, nem sabem seduzir os que já estão no campo de risco. Informar sobre os malefícios das drogas é importante, mas como tema isolado, não forma uma ética de responsabilidade. O caminho da discussão quanto à qualidade de vida parece ser melhor. Daí a Agenda para a referida Semana de Prevenção às Drogas, promovida pelo Governo do