Drenagem Urbana
Introdução
Nas primeiras civilizações, a drenagem contribuiu para o aproveitamento de grandes extensões de terra, como aconteceu com os sumérios (na Mesopotâmia), egípcios, hindus e chineses e também entre os astecas, no México, e incas, no Peru. Os sistemas primitivos de drenagem consistiam exclusivamente de valas a céu aberto que atravessassem as terras, porém, aos poucos, surgiu a idéia de construir dutos cobertos para a drenagem urbana. Inicialmente empregavam-se blocos de argila cozidos e cimentados com barro e gesso. O gesso foi o ligante principal para os egípcios e o barro para os mesopotâmicos e hindus. A experiência dos antigos foi aprimorada pelos fenícios, gregos e romanos. Obras de drenagem de grande porte foram realizadas no tempo do Império Romano, como as do vale do Pó, na Itália, e as do Fens, na Inglaterra. Na idade moderna, nos Estados Unidos, as terras pantanosas da costa do Atlântico, as terras baixas próximas ao rio Sacramento, na Califórnia e os pântanos meridionais dos grandes lagos, são exemplos de regiões que se tornaram agricultáveis devido a obras de macrodrenagem. Um dos exemplos mais notáveis da prática da drenagem em grande escala é o dos Países Baixos, onde foi iniciado o grande projeto de Zuiderzee (1924) que compreendeu a construção de um dique de 29km de comprimento e 5,50m de altura, na foz de um rio, com o objetivo de impedir o acesso das águas do mar do Norte. Isolada, a área passou a ser dessecada por meio de um sistema de canais e bombas, o que permitiu o aproveitamento de novas terras aráveis, em um total de mais de dois mil quilômetros quadrados. Os holandeses tornaram-se mestres na arte de resgatar grande parte das terras baixas do mar ou de lagos, por meio da utilização racional de técnicas de drenagem. Assim, uma área de mais de 180km2, anteriormente coberta pelas águas do lago Haarlem, tornouse arável (BARSA CD-ROM,1998). O grande desenvolvimento urbano no Brasil ocorreu no final dos anos 1960 até o