dramatização
De acordo com a tradição popular, como homem, o Lobisomem é extremamente pálido, magro, macilento de orelhas compridas e nariz levantado. Mas o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do seu aniversário, ele sai e vai até uma encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, longe de tudo e de todos, se transforma em Lobisomem pela primeira vez e uiva para a lua.
A partir desse dia, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cães no seu encalço. Nessa noite, ele visita 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante pro alto.
Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.
Em todas as cidades, vilas e povoados do Brasil, o Lobisomem faz parte da mitologia local. Embora os motivos para se ser Lobisomem variem de um lugar para o outro, a tradição portuguesa ainda vive: "Toda mulher que tiver sete filhos machos, pode ter certeza que um deles vira Lobisomem. E, sendo sete meninas, uma, cedo ou tarde, vira Bruxa".
No sul do Brasil, há a crença de que seja castigo[3] por incesto. Diz assim a tradição: "Eram os homens que havendo tido relações incestuosas, emagreciam. E todas as sextas, altas horas da noite, saíam de casa transformados em cachorro ou porco e mordiam as pessoas. Quem