dragoes
Soldado do 5º Regimento de Dragões do Exército do Eleitorado de Hanôver - século XVIII.
Talvez o antepassado mais remoto do que viria a ser o dragão tenha sido o dímaco (dimakhēs em grego) da antiga Macedónia. O dímaco era um tipo de soldado de cavalaria pesada que também lutava a pé quando era necessário.
O termo "dragão" - como designação de um tipo de soldado - terá aparecido em meados do século XVI para se referir aos membros do corpo de arcabuzeiros que combatiam a pé e se deslocavam a cavalo, criados em 1554 pelo marechal de França Carlos 1º de Cossé, conde de Brissac para servir no Exército do Piemonte. A origem do termo é, contudo, incerta, pensando-se que se pode referir aos supostos dragões contidos nos estandartes das tropas do conde de Brissac ou a uma espécie arcabuz curto ou carabina usada pelas mesmas e que era então chamada "dragão". Também é referida ocasionalmente a hipótese do termo se ter originado do fato de um soldado de infantaria a galope - com a sua casaca solta e a mecha a arder ao vento - se parecer com um dragão. 1
Quando, no início do século XVII, o Rei Gustavo II Adolfo da Suécia introduziu os dragões no seu Exército, dotou-os de um conjunto multifuncional de armas que incluía um sabre, um machado e um mosquete. Este modelo de armamento para os dragões foi a seguir imitado por muitos dos restantes exércitos da Europa.
Estas primeiras tropas de dragões não eram ainda consideradas parte da cavalaria, mas sim infantaria montada. Assim, as unidades de dragões mantinham os atributos e caraterísticas da infantaria, por exemplo usando tambores em vez dos clarins e trombetas típicos da cavalaria e sendo enquadradas por oficiais de infantaria. Nesta época, os dragões eram usados para uma série de missões militares que incluíam o estabelecimento de piquetes e postos