DRAGEAS
1- INTRODUÇÃO
O envolvimento de formas farmacêuticas sólidas com uma camada açucarada é provavelmente devida a Rhases (865-935), cognominado o “pai da pílula revestida”. Das pílulas, nas quais foi comum o revestimento com folhas de ouro e prata, passou-se aos comprimidos, cujas técnicas de revestimento não sofreram grandes modificações até 1940, se bem que, já em 1917, era patenteada uma máquina rotativa para o revestimento de comprimidos por compressão.
A) CONCEITO: forma farmacêutica sólida para uso oral, envolvida por um revestimento açucarado. O termo drágea deriva do francês “dragée”, que significa a amêndoa de Páscoa, que, por sua vez, provém do grego “tragemata”, que quer dizer guloseima. Dentro do raciocínio etimológico da palavra, tudo nos leva a crer que o termo drágea deveria ser aplicado exclusivamente às formas farmacêuticas sólidas, envolvidas por um revestimento de açúcar, reservando-se os demais tipos de revestimento a denominação de “comprimidos revestidos”.
B) VANTAGENS:
1)-permite eliminar sabor e odor desagradáveis de comprimidos.
2)-permite, mediante um revestimento adequado, que os comprimidos resistam ao suco gástrico, o que possibilita que certos tipos de medicamentos atuem exclusivamente no ponto desejado do trato digestivo, além de evitar a possível alteração do princípio ativo pela ação do suco gástrico.
3)-torna possível o emprego de substâncias que ataquem as mucosas, evitando a ação emética que possam apresentar.
4)-tendo suas superfícies perfeitamente lisas e sem arestas, possibilitam uma mais fácil deglutição. 5)-permite uma eficaz proteção do princípio ativo contra os agentes externos. A forma sólida do comprimido sofre a ação de agentes atmosféricos (umidade, oxigênio, luz, dióxido de carbono), que podem causar reações químicas irreversíveis.
Ex. Sais orgânicos, vitaminas, extratos animais em pó e muitos outros fármacos são oxidáveis de modo que as coberturas do revestimento são protetores e