Dra Mariana Fragoso
A atmosfera do final do século XX foi propícia para que o capitalismo prosperasse. Dessa forma, esse sistema foi disseminado pelo mundo de modo a tornar-se “mundial", afirmando a integração e, portanto, a globalização. Esse novo paradigma econômico causou uma necessidade de obter lucros progressivamente maiores. Como resultado, as grandes corporações passaram a buscar corte nos custos e, para isso, valeram-se o neocolonialismo implantado no século XIX. O imperialismo em questão consistia em dominar regiões para que delas fossem retiradas matérias primas e mão de obra barata. Além de extrair o necessário, o país colonizador formaria um mercado consumidor com parte da população colonizada. Dessa forma, além de diminuir custos, a demanda seria aumentada.
Além da dominação física das grandes potências europeias e/ou norte americanas em detrimento dos países da Ásia e da África, presenciou-se a dominação moral. Para que a invasão fosse justificada, inúmeras teorias foram criadas. O darwinismo social e o positivismo são exemplos dos meios que os colonizadores usam para justificar os fins e controlar socialmente os povos dominados. A superioridade da “raça” branca aculturou inúmeras tribos africanas, retirando delas a possibilidade de autogestão e introduzindo a realidade neoliberal na qual sua nova função era servir aos mais ricos.
O mundo, então, passou a bipolarizar-se de novo. Desta vez, entretanto, socialmente: a