Doze homens e uma sentença
O filme já começa com o júri se reunindo para decidir a sentença. São doze homens de diferentes raças, classes sociais e credos. Há racistas e preconceituosos; também há jurados liberais e, data vênia, homens de bem. Todos eles já formaram juízo e pretendem condenar o réu. Todos menos um, o "12º jurado", como é chamado ao longo de todo o filme o personagem interpretado por Jack Lemmon. Detalhes: o garoto só pode ser executado caso a decisão seja unânime. Ou seja, o filme praticamente começa quando só falta o voto do 12º jurado.
Era uma tarde quente. O ar condicionado não funcionava. A sala de onde terá que sair o veredito estava fortemente vigiada; ninguém podia entrar nem sair até a decisão por unanimidade. Em uma interpretação soberba, Lemmon, ao invés de decretar "guilt" (culpado), como todos os demais já haviam feito, se mostra incapaz de acusar alguém apenas pelas provas apresentadas durante o julgamento. Ele queria pensar, questionar, rever as provas, racionar em cima dos fatos.
Começa a confusão. A atitude do 8º jurado fazia com que todos ficassem cada vez mais nervosos. Reclamam e a todo instante, refrescam-se no banheiro. Lemmon, insiste que os fatos devem ser minuciosamente analisados, independentemente das provas já apresentadas. Questiona um a um os jurados. Um mini-teatro é montado na sala. O 12º passa a se utilizar dos demais, e do que eles dizem, para encenar o que poderia ter acontecido no dia do crime. Vários objetos são utilizados e simulações são feitas. Aumenta a tensão a um ponto insuportável. Ele é pressionado a votar, a condenar aquele hispânico,