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Claudia Corrêa de Almeida Moraes e Maria Juraci Zani dos Santos
Unesp, Rio Claro, claudiamoraes@uol.com.br e mariajuraci@rc.unesp.br
TRANSPORTES AÉREOS E A SUSTENTABILIDADE DAS CIDADES
INTRODUÇÃO
O modelo metropolitano tradicional de ordenamento territorial que se limita a indicar quais são as funções previstas e a compatibilidade entre elas, atualmente mostra-se insustentável (ALVA, 1997). A acelerada expansão urbana a partir do século XIX acabou ocasionando deseconomias de aglomeração que implicaram em externalidades negativas. Para
Singer (1976), o resultado da degradação do meio ambiente urbano, por meio da contaminação das águas, o uso irrestrito do automóvel, a queima de combustíveis fósseis, a produção excessiva de calor, os gases e partículas que permanecem em suspensão, os resíduos industriais e domésticos não recicláveis pelos sistemas produtivos, nem biodegradáveis pela natureza, entre outros, pode ser denominado como deseconomia de aglomeração. Este fenômeno atinge muitas cidades mundiais integradas por uma rede econômica global. No caso dos países não ricos a urbanização e o processo de industrialização ocorreram em pouco tempo, de maneira concentrada e influenciada pelas tecnologias importadas, principalmente por causa da modernidade tardia (GIDDENS, 1991). Já nas cidades dos países ricos o processo industrial e a urbanização foram mais lentos possibilitando adaptações mais graduais, o que possibilitou preparar-se melhor para estas mudanças.
A urbanização centrada em um modelo concentrador de capital, renda e trabalho pode provocar a deseconomia de aglomeração e tornar as cidades “insustentáveis”. Para melhorar a qualidade de vida nas cidades, governos e sociedade passaram a elaborar políticas urbanas para o disciplinamento de atividades produtivas e regras para a ocupação do território, já que parte dos problemas ambientais globais tem origem nas cidades e/ou seus modos de vida. A sustentabilidade no âmbito global, somente será alcançada se as