Dossiê Flamengo
Em fins da década de 70 o Regime Militar, com seu então presidente João Figueredo começava a dar sinais de declínio. Em parte pelos jovens universitários, que influenciados pelos movimentos Hippie (nos Estados Unidos) e Punk (Inglaterra) começavam a questionar a política dos generais. Partidos de esquerda, sobretudo o PC do B, apoiava e fomentava movimentos culturais como A Tropicália, liderada pelo Novos Baianos, que por meio de canções incitava os brasileiros ao raciocínio. Cada vez mais a juventude brasileira entendia que o militarismo era uma praga ao país, e mais e mais grupos de manifestantes eclodiam pelo país.
Até então o totalitarismo do Regime Militar com execução sumária e desaparecimento de pessoas, até mesmo com o exílio de artistas, eram sobrepujados pela excelente situação econômica do país. Pelo menos era o que a propaganda militar, que tinha nas Organizações Globo seu principal difusor, queria divulgar. Mas com a inflação alta e a recessão econômica e o atraso tecnológico, alguns brasileiros começaram a perceber que o país não ia bem. Movimentos sociais começavam a explodir em centros urbanos. O regime militar estava em perigo, afinal, utilizar a repressão em larga escala poderia trazer prejuízos à imagem do país. Os generais precisavam de algo que colocasse a população no seu devido lugar. Precisavam de algo, assim como a velha política romana de "pão e circo". Foi neste contexto que surgiu o Flamengo de 1981.
Flamengo de 81: o mais ajudado do Brasil.
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Muitos argumentam que o Flamengo conquistou torcedores em todo o Brasil, sobretudo, pela excelente equipe que montou e pelas conquistas. Contudo, vale frisar, que há apenas dois anos antes, o Internacional de Porto Alegre também tinha um timaço que entre outros feitos, havia conquistado o Campeonato Brasileiro de 1979 de forma