Dossiê da crise ii
Prefácio: A filosofia não tem estrutura organizada e genuínos. o filósofo raramente encontra problemas
Capítulo 1: Colocação de alguns problemas fundamentais.
Popper diz que a ciência formula enunciados verificáveis. A lógica da pesquisa científica tem como tarefa a análise lógica dos métodos das ciências empiristas. Essas ciências empregam o método indutivo. Popper critica esse método, dizendo não haver lógica na inferência de enunciados singulares. A indução é um método de raciocínio que vai do particular ao geral. Como seus resultados são de origem empírica e de ordem probabilística, Popper afirma que seus resultados não são necessariamente verdadeiros. O problema da indução indaga a validade da mesma. Toda afirmação com base na experiência é singular, e não universal. Kant chamou a atenção para isso dizendo serem os juízos a priori os fundamentos da ciência, por serem universais e necessários. Para justificar as inferências indutivas, deve-se estabelecer o princío da indução, que busca ordenar as inferências de modo lógico. Popper diz que o princío da indução não é analítico, mas sintético. Kant havia postulado que no analítico o predicado está contido no sujeito e no sintético, não – apesar de predicado e sujeito estarem conectados. Só o sintético acrescenta algo ao conhecimento. Popper sustenta que "o principio da indução é supérfluo e conduz a incoerências lógicas". Diz que essa incoerência já devia ter fica clara desde Hume. Hume, como seu ceticismo, modificou a lei da causalidade, dizendo que a relação causa e efeito é como uma adequação do intelecto com a coisa, e não existe na natureza. Popper diz que Kant não alcançou êxito na justificação dos juízos sintéticos a priori. Kant havia falado que tais juízos são a base de ciências como a matemática e a física. Popper cita Reichenbach, que fala favoravelmente do método indutivo. O apriorismo tem origem na probabilidade da indução. É uma redução