dorme pedro
Seu amigo inseparável fora cobaia de uma armação política.
Herodes viu que perseguir, torturar e prender os discípulos do Caminho lhe rendia popularidade e alegria do povo. A articulação de Herodes é muito bem calculada pois os alvos escolhidos foram figuras com representatividade naquela comunidade por nome cristãos. Agora, a perseguição alcançava o grupo que vivia em torno da fé de que Jesus havia ressuscitado dos mortos.
Tiago foi morto como espetáculo e intimidação, e o novo alvo era Pedro que fora preso.
Pedro perde a noção do que acontece fora da cela. Encarcerado ele fica inerte a tudo que acontecia. Poderia pensar que era dado início a perseguição de seus amigos, sua própria família, todos em perigo real.
Sabia que ao amanhecer, seria setenciado pois, era oportuno que as autoridades assim fizessem, eram os dias dos pães asmos, dias de festa, com a cidade cheia de peregrinos que vinham para a festa. Sabia que viraria entretenimento para o povo, sentenciado com toda a maldade que seus algozes poderiam inventar, à semelhança de Tiago ou até mesmo de Estevão.
Preso, era vigiado por quatro escoltas de quatro soldados cada uma.
A sua comunidade de fé estava reunida em oração. Pedro deveria estar ansioso.
Mas, Pedro dormia.
Dormia entre dois soldados, acorrentado com duas algemas e havia outros guardas à porta, guardando o cárcere.
Nessa madrugada muitos milagres aconteceram, porém, o que mais me impressiona é Pedro dormir. Pedro, o inconseqüente, mostrava sinais da sua nova opção de vida. O cara ansioso, com ações sem pensamentos e reflexões, que fazia uso da espada sem pensar, que prometia sem analisar o que dizia, que era inconstante, e refém de sua ansiedade; dorme, porque crê.
Dorme