dor recorrente em membros
Definição:
Ocorrência de pelo menos 3 episódios de dor, de intensidade suficiente para interferir nas atividades da criança
(*não é adequado o termo “dor do crescimento” – não se associa aos estirões)
Epidemiologia:
Escolares (6-10 anos) maior incidência dessa queixa, prevalência de 15-20% (Somente em 3 ou 4% dos casos se encontra uma doença orgânica como causa da dor; 90% é definido como afecção sem fisiopatologia definida)
Etiologia:
Dores recorrentes em membros predominantemente NÃO ARTICULARES
Características da dor: difusa; bilateral; músculo esquelética; pode haver comprometimento periarticular (diferenciar de artrite); acomete membros inferiores (pouco comum queixa só de membros superiores)
Evolução da dor: Benigna; história de curta duração (de 10 – 15 min); inicia-se no final da tarde ou a noite e não compromete o ganho ponderoestatural
Fatores de melhora: Calor e massagem
Fatores acompanhantes: dores abdominais e cefaléia recorrente
Exame físico Geral: não compromete estado geral, ausência de febre e sinais sistêmicos
Exame Laboratorial: Normal
*histórico familiar de dor recorrente
Doenças com o mesmo quadro clinico da dor recorrente:
Dor de crescimento
Fibromialgia Juvenil
Síndrome de Hipermobilidade Articular Benigna
Síndrome Miofacial
Fisiopatologia:
Classificação: 1) Nociceptiva: A dor nociceptiva começa simultaneamente ao inicio do fator causal e sua remoção esta ligada ao alivio da dor. A ativação de nociceptores e a transmissão dos impulsos ocorrem pela via nociceptiva. - Espontânea: É referida como: pontada, facada, agulhada, latejante, vaga, surda, contínua, dolorimento sugere lesão tissular. - Evocada: Desencadeada pela manobra de Laseguee na ciatalgia ou na neuralgia do trigêmio reproduz dor sentida 2) Neuropática: Dor que decorre de lesão ou do SNC ou do SNP. As cicatrizes das lesões ativam vias nociceptivas. Pode ser constante, intermitente ou evocada.