Dont bother
A Descoberta da ansiedade.
Lá estava eu brisando, não havia como negar, eu olhava para o nada, e sem piscar! Lógicamente estava brisando, quando me chamava eu olhava para a pessoa, mas olhando sem olhar, sabe? Ah tipo é olhar para a pessoa e não prestar a atenção no que ele disse ou quer dizer, só sai da brisa pois o sinal do intervalo tocou, e quando tocou meus amigos deram um tapa nas minhas costas dizendo:
-Vamos! Para de brisar, é intervalo agora, brisa lá fora!
-Ãnh? Ah, beleza! – Saindo quase torto da sala.
Chegando ao pátio, havia algo estranho, tudo parecia diferente, mais vivo, mais feliz, mais bonito, mais alegre, e eu não fazia idéia o por quê! Peguei a merenda, como era sexta-feira da primeira semana de aula a direção foi exacerbadamente vaidosa, modificando a merenda por bolachas de Wafer com um leite com Achocolatado rosa! Sentei no meu lugar de costume, na escadaria do corredor de entrada a quadra, e parei para reparar as coisas ao seu redor, até que por um momento eu não sabia mais no que pensar a não ser em Luísa... Ele não tinha chego à conclusão de que estava brutalmente apaixonado! Para mim era só um pensamento, um BELÍSSIMO pensamento! Mas continuei a brisar durante o intervalo todo! Fiquei lá, comendo minha bolacha seca e bebendo com cara azeda o leite rosado.
Quando bateu o sinal das 09h50min, que é o horário de finalização do intervalo, me se levantou, sai correndo para jogar sua caneca no balde da merenda, fui ao banheiro, quando sai a sua fila já estava subindo, correu mais para alcançá-la e consegui! No final das contas, ele fez tudo aquilo, por que queria falar com Luísa! Eu não sabia o quê dizer, mas pelo menos queria vê-la. Falar com ela me dava felicidade, eu me se sentia bem!
Na aula de português não pude mais brisar, pois a professora reparava e pedia para que prestássemos atenção na aula dela, então foi quase um sacrilégio não pensar em Luísa, mas a partir deste momento, comecei a desconfiar de algumas