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Guiados pelos comandos e pelos joysticks de um par de pilotos em um trailer nos arredores, o helicóptero não tripulado do tamanho de uma motocicleta traçava um caminho preciso, voltando sua câmera de alta definição para um grande pasto. A vibração de seu motor parecia não ser notado pelos veados que caminhavam por ali, onde o exército austro-húngaro costumava testar seus foguetes militares. Apesar do ambiente militar do voo de demonstração, esse drone – conhecido como Camcopter S-100 – não foi concebido para monitorar zonas de combate e nem para matar terroristas. Na verdade, o fabricante austríaco Schiebel Aircraft, encontrou um mercado entre clientes civis em setores como gás e petróleo, serviços elétricos, mineração, transporte e agricultura. A Schiebel é uma das mais de 400 empresas europeias de pequeno e médio porte que estão desenvolvendo novos tipos de veículos aéreos não tripulados (ou UAVs, na sigla em inglês), a maior parte deles para uso civil. A empresa já vendeu mais de 150 drones para clientes ao redor do mundo.
O mais surpreendente – em vista do estigma dos drones militares e da sensibilidade europeia em relação à vigilância eletrônica, sem falar nas grandes preocupações com segurança – é que autoridades da aviação na Europa criaram menos empecilhos ao desenvolvimento da indústria dos drones civis do que os reguladores nos Estados Unidos.
Cada país europeu está criando uma abordagem própria em relação aos drones civis, chegando até a encorajar seu desenvolvimento em muitos casos. É por isso que quase 1.000 veículos aéreos não tripulados receberam autorização para voar comercialmente em uma dúzia de países europeus. Os principais são a Inglaterra, a França e a Alemanha, que financiaram a pesquisa e, como no caso da Áustria e da Schiebel, liberaram