Domínio Espanhol E Holande
Em 1578, D. Sebastião I, rei de Portugal, morreu em Alcácer-Quibir, no Norte da África. Como não tinha herdeiros, o trono português ficou com seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, que veio a falecer dois anos depois.
Com a vacância do trono, uma vez que não havia um sucessor em linha direta, vários pretendentes passaram a disputar a coroa de Portugal, a saber: D. Catarina de Médicis, rainha de França, que se dizia descendente de D. Afonso III (que havia governado Portugal no século XV); D. Catarina, duquesa de Bragança e sobrinha do cardeal D. Henrique (a que reunia maiores direitos); Manuel Felisberto, duque de Savóia e D. Antônio, Prior do Crato, ambos, sobrinhos do rei; Alberto de Parma e Felipe II, rei da Espanha, bisnetos de D. Manuel, o Venturoso.
Um rei e Duas coroas.
Em 1580, Felipe II, o monarca espanhol, governante de uma das nações mais poderosas do mundo, exigiu o trono português e ordenou ao duque de Alba a invasão de Portugal. Contando com o apoio da nobreza e da burguesia portuguesas, a quem havia prometido inúmeros favores, Felipe II uniu as duas coroas, dando início a uma a nova fase da política portuguesa, ou seja, a União Ibérica, que se estendeu até 1640.
A união das duas coroas peninsulares possibilitou a constituição de um grande império colonial ibérico que duraram sessenta anos. Dentro dele, Portugal mantinha a autonomia administrativa e seus domínios continuavam separados das possessões espanholas. Nada disso, entretanto, impediu a aceleração da decadência do reino português, arrastado nas sucessivas e desastrosas guerras que a Espanha sustentava na Europa, contra a Inglaterra (em que ocorreu a destruição da Invencível Armada luso-espanhola), a França e a Holanda (esta lutando pela independência do domínio espanhol).
As consequências da União Ibérica.
São diversas as consequências do domínio espanhol sobre Portugal, quase todas implicando o agravamento da crise que se abatia sobre o reino,