Dom Pedro I
Este fato é baseado apenas no que o rei disse, uma vez que não existem registos de tal união. Dois assassinos de Inês foram capturados e executados (Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves) com uma brutalidade tal (a um foi arrancado o coração pelo peito, e a outro pelas costas), que lhe valeram os epítetos supramencionados.
Conta também a tradição que Dom Pedro I teria feito desenterrar o corpo da amada, coroando-a como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimonia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte. Em seguida ordenou a execução de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados nas naves laterais do Mosteiro de Alcobaça para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam...
Como rei, Pedro revelou-se bom administrador, corajoso na defesa do país contra a influência papal (foi ele que promulgou o famoso Beneplácito Régio, que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no país sem a sua autorização expressa), e justo na defesa das camadas menos favorecidas da população. Aplicava a justiça com brutalidade, de forma «democrática», punindo exemplarmente sem olhar a