DOM CASMURRO
O enredo do livro se desenvolve em flashback e conta uma história banal (banalíssima, como diria José Dias), porém o modo de contar é muito mais importante que a história em si.
Capítulos 1 e 2
O narrador explica as origens e os aspectos do próprio livro, utilizando metalinguagem e dirigindo-se diretamente ao leitor, técnicas estas presentes ao longo de toda a obra. O trecho “Deste modo, viverei o que vivi” propõe que por meio da escrita, o narrador procura viver novamente o passado.
Capítulos 3 a 7
A história é localizada e datada no Rio de Janeiro do Segundo Império (“... o ano era de 1857.”), onde Bentinho, escondido atrás da porta, ouve uma conversa em que o agregado José Dias lembra Dona Glória sobre o dever de colocar o menino no seminário o quanto antes, uma promessa feita por ela no nascimento do garoto, alertando-a sobre a aproximação cada vez mais intensa entre o menino e Capitu, a filha do vizinho. A cena indica o confronto entre o indivíduo e o que a sociedade espera dele. Esta sequência de capítulos é usada basicamente para descrever e dar introdução aos personagens principais.
Capítulos 8 a 10
O fluxo da memória faz o narrador divagar, quebrando a linearidade da narrativa, adiando o momento de voltar à história e criando assim um suspense. Dom Casmurro aceita a teoria de que a vida é uma ópera, onde Deus é o poeta, Satanás é o Maestro e Shakespeare apenas um plagiador da obra.
Capítulo 11
Bentinho cresce já sabendo que seria padre, até mesmo brincava de missa com Capitu.
Capítulos 12 a 16
Bentinho descobre que seus sentimentos por Capitu são recíprocos. No trecho “Calçava sapatos de duraque, rasos e velhos, a que ela mesma dera alguns pontos”, o narrador indica a classe social da menina, deixando a entender que poderia haver um possível interesse por parte dela na relação dos dois. O capítulo 15 mostra que Capitu conseguia fingir com muita facilidade.
Capítulo 17
Trata-se de uma divagação ou digressão.
Capítulos 18 a 30
Bentinho conta