Dois
que mais tarde se desenvolveu, se expandiu e se tornou o maior império que o mundo já conheceu, estava comprimida entre duas realidades sociais, políticas e culturais bastante diferentes entre si: ao norte estavam os etruscos1, povo desenvolvido, refinado e poderoso e, ao sul a Grécia, da qual já tivemos noticias. Roma mantinha relações estreitas com estas duas fronteiras mas, mesmo assim, criou um modelo próprio de civilização, de economia, de estado e de cultura com características bastante originais, embora tenha absorvido muito da cultura grega. Aliás, isso explica sua expansão e a profunda influência que acabou por exercer no mundo antigo, chegando até nossos dias. Pensemos no Direito Romano, por exemplo, cujos princípios e normas irão constituir a base do Direito de vários países, inclusive o nosso. Entretanto, a educação na Roma arcaica (ou antiga), teve caráter prático, familiar e civil, destinada a formar o civis romanus2 que de certa maneira foi mais desenvolvido que os outros povos porque tinha consciência do Direito, como fundamento da própria “romanidade”, como nos diz Cambi, e consciência do vinculo que esta romanidade iria estabelecer entre os povos, até com os escravos – que na Grécia e Roma foram muito diferentes dos nossos aqui do Brasil - construindo a futura Republica que garantia a todos, por meio das instituições e do Direito, a segurança das pessoas, da propriedade e do acumulo de riquezas. O homem romano, contudo, era formado em família tendo o pai no papel central. Mas também era formado pela mãe, que era menos submissa e mais participativa na família se comparada à mulher grega. Foi a partir do século II a.c. que foram se organizado escolas como o modelo grego, que acabamos de ver. Essas escolas se destinavam a dar uma formação gramatical e retórica, ligada à língua grega. Somente no século I