Dogville e Uma carta para Emilly

2098 palavras 9 páginas
Universidade Estadual de Goiás
Unidade universitária de Formosa/Goiás
Curso: Licenciatura plena em Português e Inglês
Docente: Juliano Almeida Pirajá
Acadêmica: Flávia Peres da Silva

“Dogville” o filme - Lars Von Trier e Conto: Uma rosa para Emilly – William Faulkner

Em “Dogville” o filme de Lars Von Trier passa a história de Grace (Nicole Kidman) uma moça, em princípio meio fugindo de gângsteres. A cidade que ela encontra não é bem uma cidade, mas um esquema de casas, ruas, escolas, igrejas, desenhadas no chão, a ação se passa sobre um piso negro em que as riscas de giz representam as paredes das casas. Os atores fingem abrir portas e janelas, nomes riscados no chão indicam o nome do proprietário das casas. Essa ousadia estética mostra o quanto o cinema é inovador, difícil de assistir, simples e eficiente, desde que feito com inteligência. Nesse mundo sem paredes tudo nos distancia, é certo: não é o mundo real. E assim apresenta a vila onde se refugia a protagonista, Grace, em fuga da polícia e da máfia. Os moradores, encantados por sua beleza e graça, a acolhem sem tomar conhecimento dos motivos ou da origem de sua fuga. Esses personagens, que a princípio são amáveis com a estrangeira que os agrada oferecendo trabalho, quando na verdade escondem em si as piores perversões e uma capacidade infinita para a crueldade, transformam essa generosidade em exploração e ambição após alguns dias. Incidindo, sucessivamente em uma situação em que os moradores, antes desamparados, tornam-se senhores.
O pequeno poder os encanta, todas as personagens revelam seu lado prepotente, tirano e desumano, exigindo em troca do favor de escondê-la, que Grace trabalhe mais por menos dinheiro, e passando a explorá-la cada dia mais. A exploração do trabalho chega à escravidão, de maneira que a mesma seja acorrentada enquanto os cidadãos da pequena cidade têm o “direito” de estuprá-la. Esse fato denuncia a exploração da mulher e a submissão que se produz diante do

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