dogmatica jurídica
ANÁLISE: “UM DISCURSO SOBRE A CIÊNCIA” E “A CIÊNCIAÇÃO DO DIREITO”
Em “ Um discurso sobre a ciência”, percebe-se um discussão sobre a organização da ciência. O autor faz reflexão sobre o paradigma dominante. A ciência moderna fundamentada no modelo racionalidade passa por um salto qualitativo do conhecimento direcionando o pensamento do conhecimento não cientifico para o científico.
A partir daí, surge o período de transição em que faz-se necessário valorizar o conhecimento cientifico. Com a ciência moderna, o conhecimento científico criado comprometia-se com o rigor à quantificação, utilizando uma das ciências exatas, a matemática.
As leis da ciência moderna aproximam-se dos pressupostos abordados pelo mecanicismo de Newton e aos ideais de Montesquieu, apreciando a hegemonia às normas impostas pela sociedade. O foco é a ordem para compreender como as coisas funcionam e qual o seu fim diante das transformações sociais.
Em meio ao olhar mecanicista, surge o paradigma moderno, tendo como interesse estudar a natureza com atenção, levando em consideração a sociedade, abordando fenômenos sociais com objetividade por serem históricos e vinculados a determinada cultura, em que as leis das mesmas não permitem simplificar comportamentos e quando isto ocorre, conspira-se para o atraso das ciências sociais.
O paradigma emergente se apresenta a partir da necessidade de uma vida decente proporcionando para tal, quatro designações. Na primeira, o autor afirma que o conhecimento científico-natural é científico-social, demonstrando que a distinção dicotômica deixa de ter sentido e utilidade, à medida que as ciências naturais se aproximam das ciências sociais, e, estas se aproximam da humanidade. A fusão das ciências naturais e sociais posiciona a pessoa, como autor e sujeito do mundo, no centro do conhecimento.