Dogmas marianos

Dogmas marianos.
Maria: Bíblia, Tradição e dogma.
Os dogmas são como placas que indicam o caminho de nossa fé.
Os dogmas centrais do Cristianismo são, ao mesmo tempo, infalíveis e reformáveis. A infalibilidade reside no fato de que o dogma significa uma conquista irrevogável, que traz elementos vinculantes para a confessionalidade católica. No entanto, por ser uma formulação humana, condicionada pelo tempo, há elementos na linguagem e no esquema mental do dogma que são caducáveis e por isso necessitam ser reinterpretados, numa fidelidade criativa à Bíblia e a Tradição. A atualização do dogma visa a “suprir o descompasso da língua, aperfeiçoar as fórmulas usadas, purificar o esquema de pensamento, manter viva a verdade da revelação em sua relação com a existência humana e dar mais clareza e plenitude a esta verdade.”
Os dogmas da maternidade divina, da virgindade, da Imaculada Conceição e da Assunção não são nem a palavra inicial nem a palavra final acerca de Maria. Considerar os dogmas como começo da mariologia incorre no erro de ignorar a figura de Maria de Nazaré, sua caminhada na fé, enfim, a sua dimensão humana e histórica. Constrói-se uma mariologia de privilégios, mostrando sempre o que Maria tem a mais do que nós, os seres humanos normais.
Concluir a mariologia com os dogmas tem mais vantagens, se toma-se a sério a reflexão bíblica ecumênica sobre a Mãe de Jesus e se reflete sobres seu lugar na comunhão dos santos. No entanto, isso não significa encerrar o processo de pensar a fé. A teologia sistemática avança e a mariologia deve ir com ela.
Os dogmas marianos também descortinam elementos teológicos sobre o cristão e a Igreja.
Maria, mãe e virgem.
O dogma de “Maria, Mãe de Deus”
Os católicos recorrem a Maria muitas vezes, na oração, como Mãe de Deus e mãe dos cristãos. Acreditam que ela está tão perto de Deus e tão próxima aos fiéis que ouve seus pedidos, dá-lhes colo e zela pelo seu bem. [...] Como pode uma mulher receber o título de mãe de Deus,