Doenças
O processo envolvendo adoecimento e cura tem sido influenciado, através dos tempos, pelos paradigmas que regem a saúde e a doença. O renascimento com os miasmas, os determinantes do ambiente social e laboral, no século XVIII com a chegada das indústrias e, finalmente, no século XIX o avanço da microbiologia. Neste último, definiram-se as causas para as doenças, desde então, o aspecto biológico tem recebido destaque. É inegável a influência do positivismo, onde um “corpo hígido” representava ⎯ e ainda pode representar ⎯ ausência de qualquer afecção. Atualmente, no fim século XX e início XXI, há uma preocupação com uso de tecnologias, controle dos gastos e qualidade fatores que têm ganhado destaque. Surgiram novos conceitos envolvendo o processo de cuidado como acolhimento, acreditação hospitalar, humanização, e cuidado individualizado e integral dentre outros. São fatores que possuem relação com a subjetividade do sujeito, pois buscam laços entre aqueles que cuidam e os que são cuidados. Nesse sentido, o processo saúdedoença recebe atenção especial, pois
[...] é um processo social caracterizado pelas relações dos homens com a natureza (meio ambiente, espaço, território) e com outros homens (através do trabalho e das relações sociais, culturais e políticas) num determinado espaço geográfico e num determinado tempo histórico. (TANCREDI; BARRIOS; FERREIRA, 1998, p.29)
Com o avançar das discussões sobre saúde, foi percebido que a garantia do cuidado mais individualizado e, consequentemente, a promoção
da saúde, precisava ir além do discurso da “ausência de doença”. Tornou-se necessário um paradigma contextualizado com os “novos” conceitos que envolvem o processo dinâmico de vivenciar a saúde e a doença. A Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, Canadá, em 1986, definiu a promoção à saúde: como o processo de capacitação da