Doenças
No passado, a tuberculose era atribuída ao sofrimento da mocinha que perdia o namorado e a vontade de viver ou à vida devassa e boêmia de alguns rapazes.
Depois se pensou que fosse uma doença que caminhava para a extinção, porque a medicina tinha descoberto métodos eficazes para tratamento e controle do contágio. No entanto, ela é uma enfermidade bastante comum ainda. Só no Brasil, estima-se que ocorram mais de mil novos casos por ano.
Tuberculose é uma doença infectocontagiosa que pode ser fatal e que progride silenciosamente. Quando uma pessoa infectada tosse, elimina gotículas que contêm o bacilo de Koch, um micro-organismo minúsculo que, apesar do tamanho, pode ser visto no microscópio comum. Aspirado pelas pessoas que estão por perto, ele passa pela traqueia e se distribui pelos pulmões, localizando-se preferencialmente no ápice, isto é, na parte de cima desse órgão.
Se os mecanismos de defesa do organismo estiverem perfeitos, a reação inflamatória provocada pelo bacilo será debelada, muitas vezes sem o paciente dar-se conta do que aconteceu. Caso contrário, num período de tempo que varia e que pode alcançar até um ano, o paciente desenvolverá um quadro de fraqueza progressiva, febrícula vespertina, perda de peso e de apetite, sudorese noturna e tosse produtiva. Sem tratamento, a tuberculose pode ser fatal.
Hanseníase:
Existem referências à hanseníase em livros muito antigos, escritos na Índia e na China, séculos antes de Cristo. Provavelmente foi o exército de Alexandre, o Grande, que disseminou a doença pelo continente europeu, quando regressou das campanhas da Ásia.
Na Bíblia, são descritos casos dessa doença infectocontagiosa que atacava principalmente a pele, os olhos e os nervos. As deformidades que provocava eram motivo para seus portadores serem excluídos do convívio social. Considerada castigo dos deuses, os doentes eram recolhidos em leprosários, onde ficavam até morrer. Ou, sem socorro nem tratamento, perambulavam pelas ruas