Doenças Reemergentes
As bactérias constituem um grande grupo de microorganismos causadores de doenças: algumas antigas, mas persistentes, produtoras de toxinas, relacionados a práticas inadequadas de manipulação e processamento de alimentos como o Bacillus cereus, o Clostridium botulinum e Staphylococcus aureus. Emergentes como o Campylobacter jejuni, a E. coli O157:H7 e a Salmonella Enteritidis estão associadas ao consumo de produtos de origem animal, e principalmente ao hábito de ingestão de alimento cru ou mal cozido. O Vibrio cholerae, a Salmonella typhi e a Shigella, relacionadas principalmente às precárias condições de higiene, vida e ambiente, são doenças antigas que exigem vigilância contínua, pois podem recrudescer mediante o arrefecimento de suas medidas de controle. A Listeria monocytogenes, relacionada principalmente a produtos lácteos desafia processos industriais e temperaturas, e o Vibrio vulnificus habitante dos frutos do mar, compõem um conjunto de patógenos emergentes, porém, ainda pouco diagnosticados entre nós.
Entre os vírus, a antiga hepatite A, exige medidas mais avançadas para seu controle e a vacina deverá ser a perspectiva de controle, especialmente em áreas críticas e grupos de risco. A poliomielite encontra-se erradicada; para impedir sua reintrodução é necessária uma vigilância permanente das paralisias flácidas. Contudo, ainda restam seqüelas deixadas pela doença às gerações anteriores que não tiveram acesso à vacina, e hoje, ações e programas deverão ser implementados para atender os casos da Síndrome Pós-Pólio. O rotavírus, principal causador de diarréia no grupo de menores de 5 anos, finalmente terá uma medida eficaz de controle, a partir da introdução da vacina no calendário de vacinação em nível estadual e nacional. O vírus norwalk e outros norovirus, emergentes relacionados não somente à transmissão hídrica, mas à