doenças ocupacionais
BISSINOSE:
Vêm do grego, e significa fibras finas do linho. É o termo usado para denominar os efeitos respiratórios causados pela exposição à poeiras vegetais têxteis, como algodão, linho e cânhamo.
Caracteriza-se por uma sensação de opressão torácica e dispnéia, que ocorre no trabalhador quando ele retorna às atividades depois de um fim de semana por exemplo.
Em relação ao sisal e à juta, não é bem definido se eles causam bissinose.
Estudo recente em Sorocaba identificou 30% de bissinose nos trabalhadores de uma fiação de linho.
Resposta aguda ou resposta crônica.
A fisiopatologia ainda não está bem explicada, porém acha-se que endotoxinas e polifenol estejam relacionados com a doença.
Diagnóstico: VEF1 diminui 10% após o primeiro turno de trabalho.
Normalmente afeta uma grande parte dos expostos, em torno de 50%.
O que se pode fazer à favor é a prevenção.
III . DOENÇAS PARENQUIMATOSAS OCUPACIONAIS:
1. PNEUMONITE DE HIPERSENSIBILIDADE:
A pneumonite por hipersensibilidade é uma manifestação clínica de um grupo de doenças pulmonares, resultantes da sensibilização por exposições recorrentes a inalações de partículas antigênicas e material orgânico.
Pode ser chamada de alveolite alérgica extrínsica .
É uma resposta imune à partículas que são menores que 5 µ e que chegam nos bronquíolos terminais, respiratórios e alvéolos. A resposta dependerá da partícula inalada.
Clinicamente é uma dispnéia, sibilância, febre, tosse seca, mal estar geral e fadiga, após exposições periódicas. A evolução é progressiva, com perda de peso. Não há sintomas agudos da exposição. Pode evoluir cronicamente para cor pulmonale. Nas crises agudas pode ser encontrado um infiltrado pulmonar ao RX, leucocitose e eosinofilia > 10%.
Com a evolução da doença aparecem opacidades regulares e irregulares, difusas, aumento da trama traqueobrônquica, redução volumétrica dos pulmões e faveolamento.
CVF e FEV1 diminuídos, também a