DOENÇAS NA ÁREA DA SAÚDE
Na América Latina, Estados Unidos e Caribe, são cerca de 20 milhões destes profissionais. A extensão e a diversidade desse contingente também revelam a dimensão e a gravidade de problemas compartilhados no exercício da profissão.
Funcionários estressados, sobrecarga de trabalho e baixos salários se somam a este panorama, ao qual os especialistas nomeiam como estado de “precarização” do trabalho na área de saúde. Não são raros os exemplos de profissionais de saúde acometidos por doenças respiratórias, musculoesqueléticas e mentais, dentre outras.
Essa situação chamou a atenção do médico do trabalho do Hospital das Clínicas da UFMG (HC) Geraldo Majela Garcia Primo, autor da pesquisa – em desenvolvimento – “O perfil dos trabalhadores, seu adoecimento e absenteísmo em um hospital público Universitário”.
O estudo pretende identificar quais fatores podem explicar, em maior ou menor grau, as ausências no trabalho por motivo de saúde num universo de 3 mil funcionários do HC UFMG (entre 2005 e 2006).
Resultados iniciais
Segundo o pesquisador, os resultados iniciais confirmam que as doenças mais comuns são as respiratórias (15,8%) e osteomusculares (14,3%). Com relação aos dias de afastamento observou-se que os transtornos mentais afastaram os trabalhadores por quase 8 mil dias no ano (22% do total), seguidos pelas doenças osteomusculares com mais de 6 mil dias (16,7%).
A pesquisa de Primo revela ainda que entre os profissionais de saúde do HC que mais adoecem estão os trabalhadores braçais (cozinha, lavanderias e serviços de transporte) – profissionais que desenvolvem trabalho muscular intenso e movimentos repetitivos – e ainda os profissionais de