Doenças na Idade média
Na Idade Média, as cirurgias eram procedimentos grosseiros, que exigiam: 1. dos pacientes, a capacidade de suportar a extrema dor; 2. dos "médicos" a capacidade de praticar a crueldade.
Os doutores tinham pouco entendimento da anatomia humana e menos ainda sabiam sobre técnicas de anestesia e assepsia. Muitas vezes, as infecções eram mais mortais que a doença original.Para aliviar a dor, os pacientes eram submetidos a mais sofrimentos.
Pelas condições, tão precárias, na Idade Média as cirurgias somente eram realizadas em última instância, caso de vida ou morte. Sobre anestésicos, algumas das fórmulas usadas para aliviar a dor e/ou provocar induzir ao sono, eram potencialmente letais. Como esta, que utilizava os seguintes ingredientes: suco de alface, bílis de um javali castrado, vinho de Briônia - trepadeira que dá pequenos frutos macios e lisos; a planta é toda venenosa até a raiz], ópio, Meimendro negro, que é extremamente tóxica, cicuta-verdadeira ─ analgésica e vinagre. Tudo isso, misturado com vinho, compunha a beberagem de má cara que o paciente tinha de beber sem saber se ia acordar do desfalecimento.
Exemplos de alguns tratamentos Médicos:
Retenção Urinária:
Cirurgiões nos Campos de Guerra:
Parto: Caminho para a morte
Lavagem Intestinal:
Hemorróidas
Catarata
Sangria
Algumas ervas e planetas poderiam lhe ajudar a se livrar de doenças naquela época:
Ochtaram ou Meimendro: erva de Júpiter, fecha úlceras e impede que se inflamem as feridas.
Ornoglossa [língua-de-pássaro, bird-tongue ─ Polyganum aviculare ou erva-da-muda, erva-dos-passarinhos, sempre-noiva, sempre-verde, sempre-viva]: erva de Marte. "É boa para dor de cabeça. Usa-se dela [também] para as doenças dos testículos... Seu suco é admirável para a disenteria e as hemorróidas assim como para as doenças do estômago". [PAPUS, 1995 - p 239]
Poligônia ou Ranúnculo [Ranunculus repens ─ erva-ciática, erva-do-monge,