Doenças lisossomicas
Generalidades
► São também denominadas doenças de acumulação;
► Os lisossomos são vesículas intracitoplasmáticas ricas em enzimas (hidrolases), em pH ácido.
Estas enzimas são produzidas no retículo endoplasmático, passam depois para o complexo de Golgi, onde são processadas, depois incluídas em vesículas que vão se fundir com os endossomas, formando-se assim os lisossomos.
► No complexo de Golgi vão ser adicionadas às enzimas com destino aos lisossomos um marcador/endereço, que resulta da adição de um resíduo de manose-6-P.
As vesículas que fazem o transporte até os lisossomos possuem receptores para o resíduo de manose-6-P, estes são importantes, pois impedem que as enzimas lisossomais degradem componentes da célula antes de serem incorporadas nos lisossomos. Ao chegarem ao destino quer as enzimas, quer os receptores são englobados, mas dado o pH ácido do interior dos lisossomos, a enzima separa-se do seu receptor, sendo este último reciclado para o retículo endoplasmático.
Principais deficiências ao nível das vias catabólicas
► Ausência da enzima ou produção insuficiente;
► Síntese da proteína com local catalítico inativo (as provas bioquímicas são importantes nesta situação, pois embora o doseamento da enzima esteja normal, ela não é ativa);
► Ausência de ativador enzimático (co-factor);
► Ausência de proteína ou sinal de transporte do material digerido para fora do lisossomo;
Doença de inclusão celular
► É uma doença de acumulação lisossômica, que resulta de erros no processo de endereçamento, uma vez que se a enzima não tiver o resíduo manose-6-P ela não vai até o lisossomo. Daqui resulta ausência de enzimas cruciais para a digestão de conteúdos lisossomais;
► Manifesta-se, sobretudo no nível dos fibroblastos, sendo, no entanto considerada uma doença generalizada e grave com mortalidade ao fim de um ano (no máximo).
Doença de Niemann-Pick (tipo A e B)
► A doença de Niemann-Pick tipo A e B está relacionada