Doenças laborais e trabalhadores em educação
Ednéia Leite Petry1
RESUMO: Esse trabalho se propõe a apresentar e discutir dados a respeito das condições de trabalho e saúde dos profissionais da educação inseridos em escolas do ensino fundamental no município de Canoas/RS. O estudo é baseado em questionários respondidos por professores e outros profissionais da educação lotados em duas escolas municipais.
PALAVRAS-CHAVE: Educação, professores, doenças laborais, Síndrome de Burnout.
1. Introdução
Nos últimos anos tem se tornado mais evidentes as pressões que os profissionais em educação sofrem devido à exposição na mídia de episódios como brigas e vendas de entorpecentes à porta das escolas, ameaças à professores, depredações, roubos de materiais, porte de armas, agressões – de professores contra alunos e vice-versa – , etc. Todos estes problemas são reflexo da sociedade em que vivemos, onde a violência se apresenta com mais intensidade a cada dia que passa.
Somados a todos estes aspectos emocionais, os trabalhadores em educação ainda enfrentam espaços físicos inadequados para que aconteça de fato a aprendizagem. Escolas sucateadas e com salas de aula lotadas é o que a maioria dos professores enfrenta em seu cotidiano.
Neste artigo, apresentarei dados relacionados às condições de trabalho e saúde dos profissionais da educação inseridos em duas, das quarenta e duas escolas do ensino fundamental no município de Canoas. Atualmente, Canoas possui 27.589 alunos no ensino fundamental, atendidos por um quadro que conta com cerca de 1.300 professores, segundo dados da Secretaria da Educação do município que é um dos mais populosos da região metropolitana de Porto Alegre, com 323.827 habitantes, segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A metodologia apresentada é a pesquisa qualitativa, pois os estudos estão fundados em pesquisa feita através de questionários respondidos por professores e outros profissionais da educação