Doenças fungicas
Exame Direto:
Para diagnóstico laboratorial é necessário ter bastante atenção na colheita, transporte e conservação do material clínico, pois esses cuidados influenciam o resultado final do exame laboratorial. Na coleta deve-se respeitar o crescimento radial do fungo na lesão, evitando-se coletar material em áreas mais antigas das lesões, como por exemplo, o centro da pele e a região mais distal das unhas infectadas, pois os fungos geralmente apresentam-se em menor quantidade ou com pouca viabilidade nestes locais. Após a coleta do material clínico, este deve ser tratado com hidróxido de potássio em uma concentração de 10-30%, em seguida o material é visualizado ao microscópio.
Os elementos observados aparecem na seguinte ordem:
Em pele e unhas o aspecto mais observado é a presença de filamentos micelianos septados de tamanho variável e que podem estar ramificados. É possível também observar a presença de artroconídeos nos quais os filamentos micelianos separam-se fisicamente em nível de septos e posteriormente os mesmos arredondam-se formando cadeias semelhantes a um colar de contas.
Em cabelos os dermatófitos apresentam-se como estruturas arredondadas (atroconídeos) e mais raramente filamentos micelianos, podendo estar tanto localizados fora do cabelo, sendo chamado de parasitismo por ectothrix como dentro dos pêlos, sendo chamados de parasitismo por endothrix.
Cultura:
Para cultura o material deve ser cultivado em meio de ágar-sabouroud+ clorafenicol ou ágar-sabouroud+ clorafenicol+ cicloheximida, a uma temperatura entre 25° a 30°C por um período de 15 dias.
Na cultura, deve ser realizada uma análise macroscópica, onde são observadas, textuta, topografia, cor da colônia e pigmento do reverso da colônia e uma análise microscópica onde são observados o talo vegetativo e as estruturas reprodutivas do fungo.
Na análise microscópica o talo vegetativo pode apresentar as seguintes formas: