Doenças,fome e conflitos na africa
A Aids é a doença que mais causa mortes na África, onde, segundo dados divulgados pela ONU em 20 de novembro, só este ano foram registrados cerca de 1,7 milhão de novos casos.
Estima-se, segundo a Unaids, que 68% dos 22,5 milhões de infectados com o vírus vivam na África Subsaariana. Só na África do Sul, em 2005, a epidemia foi responsável por 346 mil dos 737 mil óbitos no país.
Em 2005, a Aids matou 2 milhões na África Subsaariana, enquanto 24,5 milhões pessoas - entre elas, 2 milhões de crianças - vivem com a doença, que já deixou 12 milhões de órfãos.
Na África, o vírus atingiu proporções alarmantes, infectando 5,5 milhões na África do Sul, 2,9 milhões na Nigéria, 1,8 milhões em Moçambique, 1,7 milhões no Zimbábue, 1,4 milhões na Tanzânia e 1,3 milhões no Quênia.
Alarmantes são também os números sobre a malária. A infecção que mata mais de 1 milhão de pessoas por ano, deixa 80% de suas vítimas na África Subsaariana, segundo a Unicef, que especifica que 18% das mortes na África são de crianças até 5 anos.
A malária consome anualmente uma média de 40% das verbas gastas pelos serviços de saúde africanos, sendo que a África é também o continente onde os Estados investem menos em saúde, segundo dados da ONU, que exemplifica com os casos da Tanzânia e do Maláui, onde existem apenas dois médicos por cada cem mil habitantes.
Além da Aids e da malária, o continente é responsável por 50% dos casos mundiais de meningite (do Senegal à Etiópia, passando por Níger, Burkina Fasso e Mali, segundo o Instituto Pasteur) e por 25% dos casos de tuberculose notificados anualmente, embora viva na África apenas 10% da população do planeta.