Doenças exóticas de suinos

INTRODUCÃO

As doenças exóticas dos suínos abordadas neste trabalho, embora não sejam naturalmente encontradas no Brasil, são de grande importância para a suinocultura. Doenças exóticas, por definição, são doenças que não são encontradas naturalmente no país, seja devido por falta de algum vetor ou hospedeiro necessário ao ciclo biológico do agente, seja por ser uma região com clima ou ambiente desfavorável ou pelo fato de nunca ter sido identificado um foco da doença. A importância de estudarmos estas doenças é justamente pelo fato de, como não lidamos com elas no dia-a-dia, não estaremos preparados para combatê-las caso sejam introduzidas em nosso território, como no surto de febre suína africana em 1978.
Já a doença vesicular suína, embora não leve diretamente a morte dos animais, implica no abate sanitário destes devido a sua alta morbidade. Também tem sua importância por possuir sinais clínicos similares a febre aftosa e se tratar de uma zoonose ocupacional. Por fim, a triquinelose é uma zoonose de distribuição mundial, sendo encontrada em zonas de clima temperado. E, embora não leve a morte dos animais, trata-se de uma doença de notificação obrigatória pela OIE por ser uma zoonose, podendo ser causa de restrições de exportação. Neste trabalho, discorreremos sobre os diferentes aspectos de cada doença: etiologia, sinais clínicos, lesões e diagnóstico, bem como sua importância para a suinocultura mundial

PESTE SUÍNA AFRICANA - PSA
Etiologia
Também é conhecida como african swine fever, febre porcina africana e peste porcine africaine. Surto no Brasil em 1978.
O vírus da peste suína africana, é causador de uma enfermidade febril, contagiosa e sistêmica nos suínos. Foi descrito pela primeira vez por Montgomery no Quênia em 1910, é um poxvirus de aproximadamente 20nm, de envoltura lipoprotéica, icosaédrico, de dupla cadeia de DNA.
O vírus apresenta grande estabilidade e sobrevivência a ampla variação de pH de 3,9 a 11,5, sendo que em presença de