Doença Varíola
A varíola foi uma doença infecto-contagiosa. É causada por um dos maiores vírus que infectam os seres humanos o Orthopoxvirus, com cerca de 300 nanômetros de diâmetro, o que é suficientemente grande para ser visto como um ponto ao microscópio óptico. O vírus tem envelope (membrana lípidica própria). O seu genoma é de DNA e é dos mais complexos existentes. O vírus fabrica as suas proteínas e replica-se numa área localizada do citoplasma da célula hóspede, sendo um dos poucos vírus com essa capacidade de se localizar. O seu genoma é de quase 100.000 pares de bases, um dos maiores genomas virais. O DNA é bicatenar (hélice dupla) linear e com as extremidades fundidas. Ao contrário dos outros vírus, ele contém dentro de si suficiente quantidade das enzimas necessárias à produção de ácidos nucleicos, e ao seu ciclo de vida, e utiliza apenas a maquinaria de síntese proteica da célula. Daí que é dos poucos vírus de DNA citoplasmáticos.
Ao longo do tempo criou-se uma verdadeira “guerra biológica”, tanto na América do Sul como na América do Norte os colonizadores que queriam se apossar das terras indígenas espalhavam, nas trilhas destes, roupas de pessoas que tinham varíola. Os índios ingenuamente as vestiam, contraíam a doença e morriam como moscas.
No Brasil, a primeira epidemia de varíola ocorreu já em 1563. Pois os europeus traziam consigo, além do interesse econômico e das armas de fogo, micróbios causadores de doenças para as quais os índios não tinham imunidade. Assim eles poderiam adoecer gravemente, e até morrer, de uma simples gripe. Logo toda a população da colônia estava sujeita a elas. Os escravos negros, por causa das péssimas condições de vida e de nutrição; os brancos, porque não dispunham de vacinas ou de tratamentos eficazes. Como também o surgimento das cidades, que tinham precárias condições de higiene e saneamento. Assim por outro lado a assistência à saúde era muito deficiente. Os médicos, eram em geral formados em Portugal.
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