doença hemolítica perinatal

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Doença hemolítica perinatal é uma patologia que atinge mulheres de Rh negativo e fetos de Rh positivo desde o seu terceiro mês e meio intra-uterino até os primeiros sete dias de vida – período perinatal. Essa patologia vem aumentando a mortalidade e morbidade perinatal, além estar elevando o risco de morte materna. A doença caracteriza-se, basicamente, pela incompatibilidade sanguínea em relação ao fator Rh entre a mãe e o feto. A sua instalação inicia-se pela sensibilização da mãe pelos antígenos do feto, ou seja, ativação da resposta imune materna contra antígenos fetais, sendo que a tipagem do Rh materno deve ser negativa e a fetal, positiva. Os principais antígenos causadores dessa patologia são do tipo D, visto que é o mais imunógeno, além de estar presente exclusivamente na população eritrocitária; Além do antígeno do tipo D, têm-se o Kell, Duffy, Kidd, E, e, C, c, CE.
A sensibilização ocorre pelo contato de sangue das seguintes formas:transfusões sanguíneas incompatíveis, hemorragia materno-fetal, durante o parto ou quando se aborta. A instalação da doença acontece em duas etapas: a primeira é chamada de resposta primária, isto é, primeiro contato, no qual os diferentes tipos sanguíneos se misturam e geram uma reação fraca e lenta – prolonga-se por um período de 8 a 9 semanas, podendo chegar até a 6 meses;
Nessa etapa não se observa o ataque de anticorpos, já que a maioria dos anticorpos produzidos são da classe IgM, caracterizados por ter alto peso molecular, o que impossibilita a passagem através da placenta.
Já a resposta secundária, ou seja, segunda etapa, caracteriza-se pela produção de anticorpos IgG, os quais são capazes de ultrapassar essa barreira, visto que tem um baixo peso molecular. Essa segunda exposição leva até 7 dias para se concretizar, necessitando de pouca quantidade de anticorpos. Após atravessarem a barreira placentária, os anticorpos IgG se ligam a superfície dos antígenos

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