Doença de peixes
Carlos Artur Lopes Leite*
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este boletim é uma coletânea de vários trabalhos relacionados com aspectos sanitários em criatórios no Brasil e no mundo. Na verdade, busquei reunir nestes escritos algo que pudesse ser útil para o técnico que atua diretamente na área da piscicultura comercial, seja ela de consumo, ornamental ou mesmo de repovoamento. A maioria dos termos científicos estão listados no Glossário (ao final do boletim) com explicações em linguagem mais familiar ao pessoal que não milita diretamente na área. Apesar dos poucos dados existentes na literatura nacional sobre manejo
higiênico-profilático
em
piscicultura,
muitas
experiências de pesquisadores nacionais têm mostrado eficácia maior do que aquelas importadas de países como os Estados
Unidos, Alemanha e França. Desta maneira, enumerei alguns procedimentos já consagrados em nossa piscicultura, não na certeza de que os mesmos sejam realmente melhores do que os propostos no exterior, mas na esperança de que alguém possa
*Professor do Departamento de Medicina Veterinária/UFLA
também testá-los e buscar a sua real eficácia. Não me esqueci de citar os autores estrangeiros, pois são eles que nos permitirão comparar as diversas técnicas propostas na área.
Este esforço de tentar reunir um material proveitoso para o leitor destes papéis foi fechado durante um encontro em Lavras,
Minas Gerais, com os técnicos em piscicultura da EMATER no período de 14 a 18 de dezembro de 1998. Tenho a esperança de que este trabalho possa permitir que estas pessoas procurem se familiarizar com os principais pontos que estão envolvidos em processos de saúde-doença em piscigranjas e demais criatórios, aumentando-se os esforços no sentido de se buscar uma melhor coesão no campo da ictiopatologia nacional.
Para aqueles que vão ler esta apostila, espero conselhos e sugestões para que