Doença de Parkinson
E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM GOIÁS
Anderson de Brito Rodrigues
Universidade Federal de Goiás
Ao discutir a história da psicologia em Goiás1 observou-se a existência de uma vinculação histórica entre a educação e a psicologia na constituição dessas duas áreas de saber no Brasil e no Estado de Goiás.
O histórico da psicologia no Brasil revela que em seu processo de desenvolvimento essa área transpõe as fronteiras do estritamente psicológico e estabelece vinculações com outras áreas do saber, tais como a medicina e a educação. A referência aos antecedentes da psicologia no Brasil remete a um período que é anterior à instituição da ciência psicológica, e pode ser observada em diversas publicações. Os estudos realizados nessa época não tratam especificamente da psicologia, mas, de assuntos relativos a outras áreas do saber, por exemplo, medicina, moral, teologia, pedagogia, política e arquitetura, apresentando questões relacionadas à vida psíquica.
A leitura sobre a constituição da psicologia no Brasil reporta ao período colonial (século XVI – XVIII), no qual os conhecimentos acerca dos saberes psicológicos têm influências européias e indígenas. Esse período é considerado bastante fecundo e abriga os primeiros estudos a respeito da subjetividade e do comportamento na cultura brasileira. De acordo com Massimi (1990), uma das primeiras obras portadoras de saberes psicológicos no Brasil, é Tratados da Terra e da Gente do Brasil, escrita por Fernão Cardim durante o período colonial. Dentre esses saberes explicitados tanto no período colonial quanto no período imperial, pode-se evidenciar a explicação acerca da origem das emoções, do comportamento, do caráter e do temperamento.
A difusão do pensamento psicológico no país ocorreu também em grande parte com o auxílio das instituições médicas e Faculdades de Medicina, nas quais os alunos eram obrigados a produzir escritos ao final de seus estudos, que eram a expressão do pensamento