Doença de huntington
Introdução:
Doença de Huntington é mal degenerativo que afeta o sistema nervoso central, geralmente de adultos de 30 a 40 anos, se caracteriza por sinais de coreia, de distúrbios psiquiátricos e de demência e se transmite por herança autossômica dominante.
A caracterização genética:
Trata-se de doença originada por mutação gênica que leva à repetição da trinca CAG (citosina - adenina - guanina), que se dá no gene mutante presente no braço curto do cromossomo quatro. Para que a repetição resulte no gene causador da doença, é necessário que se repita a trinca mais de 36 vezes; geralmente, os indivíduos portadores da doença têm 37 a 86 repetições. Sabe-se hoje que a doença é transmitida por herança autossômica dominante e encerra penetrância completa, apesar da baixa prevalência (três a sete doentes em um grupo de cem mil). Supõe-se que a intensidade dos sintomas e, por conseguinte, a velocidade de deterioração do indivíduo tenham relação com a quantidade de repetições da trinca, em proporção direta; na mesma suposição, a idade em que ocorrem as primeiras manifestações da doença é inversamente proporcional à quantidade de trincas repetidas. A proteína sintetizada pelo gene causador do mal é a huntingtina, que é formada por muitas repetições do aminoácido glutamina (poliglutamina). Essa sequência de aminoácidos impede a reciclagem da proteína, que tende a se acumular no citoplasma e no núcleo, causando prejuízo metabólico à célula. É importante destacar que o diagnóstico é dito "inconclusivo" quando o indivíduo apresenta faixa fronteiriça de número de repetições (34 a 37), de modo que essa situação pode gerar incerteza durante o diagnóstico.
O diagnóstico:
Existem basicamente três possibilidades de diagnóstico: o clínico, o imagético e o genético. O diagnóstico clínico baseia-se na análise de três referências sintomáticas (a tríade de sintomas): a coreia, os distúrbios psiquiátricos e a demência, causada, parcialmente,