Doença de Crohn
A moléstia, que leva o nome do médico que a descreveu em 1932, Burril B. Crohn, deriva de um descontrole do sistema imunológico. Num portador da doença de Crohn o sistema imunológico está continuamente em atividade agredindo as paredes intestinais, afetando todas as suas camadas e causando lesões importantes.
Essa situação provoca aumento da velocidade da eliminação das fezes, esfoliação das mucosa intestinal, dificuldade para absorver os nutrientes e desnutrição.
Sem tratamento, com o passar do tempo outras graves complicações começam a surgir, desde a formação de coleções de pus dentro do abdome – os abscessos –, passando por obstruções intestinais e sangramentos digestivos.
A Doença de Crohn é um fator predisponente ao desenvolvimento do câncer colorretal. Não se conhece ainda a prevalência da doença no Brasil. Sabe-se, porém, que a frequência é baixa na América do Sul e elevada na América do Norte, sobretudo nos Estados Unidos, onde se estima que haja 600 mil portadores dessa moléstia.
A inflamação costuma se manifestar dos 20 aos 40 anos, em proporção semelhante entre homens e mulheres.
Causas e sintomas
Os principais sintomas incluem diarreia crônica, às vezes com muco ou sangue, dor abdominal, febre e emagrecimento. Os indivíduos podem apresentar também outras manifestações à distância, como dores articulares, aftas, lesões de pele e uma inflamação nos olhos chamada uveíte.
Um sinal frequente da doença, que aparece em pelo menos 30% de seus portadores, são as fístulas, ou seja, trajetos de comunicação anormais que ligam duas regiões diferentes do intestino ou entre o intestino e órgãos como a bexiga, a superfície da pele, em volta do ânus e a vagina permitindo o transitam anormal das fezes. Essa