Doença de alzheimer: cuidados nutricionais em portadores subnutridos
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INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, vem ocorrendo uma mudança demográfica significativa em relação à longevidade da população mundial. Essa taxa tem aumentado bastante, o que significa um maior número de idosos. Com isso, aumenta também a incidência de doenças relacionadas à idade. Segundo Green (2001), algumas das mais aterradoras dessas doenças são os distúrbios demenciais progressivos, sendo a mais comum, com aproximadamente 50% dos casos, a Doença de Alzheimer. Segundo a Alzheimer’s Association, a Doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio progressivo do cérebro que destrói gradativamente a memória do portador, a capacidade de pensar, agir, julgar, comunicar e cuidar de suas atividades diárias. Com a progressão da DA ocorrem também mudanças na personalidade e comportamento do portador, com ocorrência de ansiedade, suspeitas ou agitação, bem como ilusões e alucinações. Fróes, em 2000, relata que, ocasionalmente, esta doença afeta pessoas com menos de 50 anos, porém o mais comum é acima de 65 anos. A prevalência estimada é de cerca de 1 a 6% da população com até 65 anos, índice que aumenta consideravelmente com a idade, chegando a 50% das pessoas que atingem os 85 anos de vida, com prevalência em indivíduos do sexo feminino. Há uma forma pré-senil que ocorre entre os 50 e 60 anos, e uma forma senil, que se inicia mais tardiamente. A teoria mais confiável para a causa da doença é a falta de um neurotransmissor específico entre as células nervosas, na região do cérebro de controle da memória, do raciocínio e da capacidade de julgamento. Até a presente data, não existe cura definitiva para a Doença de Alzheimer. O tratamento disponível visa controlar a doença. As medicações indicadas tornam mais lenta a sua progressão e favorecem o controle dos sintomas associados. Esses medicamentos são à base de substâncias denominadas anticolinesterásicas (Gwyther, 2000). 1
Dentre as inúmeras complicações,