Docência na eja
Segundo a Proposta Curricular da EJA, Ensino fundamental,1° segmento, depois do golpe militar de 1964, grupos que atuavam na alfabetização de adultos foram reprimidos. O governo passou a controlar as iniciativas com o lançamento do Mobral – Movimento Brasileiro da Alfabetização. O Mobral seguiu autônomo ao Ministério da Educação. Desde os anos 50, existiam muitas críticas a campanhas que queriam alfabetizar em pouco tempo e que no final continuavam altos índices de regressão ao analfabetismo. A história da EJA chega na década de 90 reclamando a consolidação de reformulações pedagógicas, necessárias a todo ensino fundamental. Paulo Freire reflete a relação professor-aluno como tratando-se de:
O educador faz “depósitos” de conteúdos que devem ser arquivados pelos educandos. Desta maneira a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante. O educador será tanto melhor educador quanto mais conseguir “depositar” nos educandos. Os educandos, por sua vez, serão tanto melhores educados, quanto mais conseguirem arquivar os depósitos feitos. (FREIRE, 1983, p.66)
Para exercer a docência na Educação de Jovens e Adultos é necessário estar mais qualificado profissionalmente, um preparo adequado para ensinar, visto que a EJA possui características especiais, ele deve estar sempre buscando mais conhecimentos, procurar conhecer melhor seus alunos os seus anseios, visando sempre uma interação com os mesmos. O papel do professor na EJA não é fácil, tem que ter muita dedicação, assim como nas outras áreas, porém é preciso ter um olhar diferenciado ao que se tem com crianças, pois cada uma ali passou por uma história já bem vivida. O professor precisa motivá-los a aprender na medida em que experimentam que suas necessidades e interesses são satisfeitos, os programas devem ser voltados para situações da vida e não da disciplina. É necessário analisar experiências,