Documentário: O Atlântico Negro
No Benim e na Nigéria encontram-se as principais raízes dos contos religiosos afro-brasileiros. O Candomblé da Bahia, o Xangô pernambucano e o Tambor de Mina do Maranhão, por exemplo, possuem grandes vínculos de origem com as crenças religiosas dos povos de língua Iorubá. A religião dos Orixás está ligada à noção de família onde o orixá seria um ancestral divinizado. Os Voduns estão relacionados à coletividade, sendo o vodum uma espécie de anjo da guarda de uma comunidade. Em cultos, ambos apresentam semelhanças. As guerras entre povos africanos, Daomé e Iurubá, favoreceram o comércio de escravos. Os traficantes negreiros compravam os prisioneiros e os revendiam nas Américas, inclusive no Brasil e Cuba. Os milhares de escravos que ali ficavam eram trocados por bugigangas. Deste modo, iniciou-se uma mercantilização e a escravidão tornou-se propagadora de guerras civis. Francisco Félix de Souza, o Chachá, foi o maior traficante de escravos da Costa Atlântica da história. Ele e demais