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Em entrevista exclusiva na recente passagem pelo Brasil, Jim Collins repassa as mais valiosas descobertas de suas pesquisas, destaca a importância do questionamento permanente para as empresas e identifica nos gestores brasileiros a qualidade de “saber correr em areia movediça”
O homem que faz
perguntas
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HSMManagement 84 • Janeiro-fevereiro 2011 hsmmanagement.com.br
A
ssim como todo norte-americano é de alguma maneira influenciado pela cultura do “winner-loser”
(vencedor–perdedor),
todo gestor acaba obcecado por duas questões: como vencer e como não fracassar. Foi esse o assunto, complexo e abrangente, ao qual Jim Collins resolveu dedicar sua vida: por que algumas empresas vencem e outras perdem?
Collins é um pesquisador rigoroso: seus estudos duram anos, têm amostras gigantescas e contam com grandes equipes de pesquisadores (o que explica seu número reduzido de livros). Ele define vencer e fracassar com precisão. Por exemplo, vencer embute, para ele, a noção de longevidade, o que remete, por sua vez, ao conceito de sustentabilidade.
Em sua recente vinda ao Brasil, Jim
Collins concedeu entrevista exclusiva a José Salibi Neto, chief knowledge officer (CKO) da HSM, em que discorreu sobre as mais importantes lições sobre vitórias e fracassos que vem aprendendo com suas pesquisas, enfatizou a importância das perguntas e fez uma análise de duas vantagens competitivas dos gestores do Brasil: lidar com a incerteza e a mistura de emoção e razão.
Marcel Telles, que entrevistamos para esta edição da revista [veja página 20], diz que, muito mais que dar respostas, você é o homem que faz as perguntas certas –algo que é bem mais útil. A explicação para isso é curiosidade? Uma pessoa nasce curiosa ou torna-se?
A curiosidade é natural em mim. Adoro garimpar para entender as coisas.
Como James Bond tinha “licença para matar”, eu me dei licença para perguntar. E assim a vida nunca fica chata,
porque