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Álcool e bafômetro
A absorção do álcool se dá pelo intestino delgado, sendo que apenas de 0 – 5% é absorvido pela mucosa gástrica. Em média de 80-90% é oxidado no fígado e o restante é distribuído para os outros tecidos. Do ponto de vista bioquímico, o álcool é um composto de alta solubilidade em água e possui uma grande afinidade por lipídeos, o que permite que ele se distribua pelos demais tecidos orgânicos, como sangue, músculos e olhos. E apenas de 2 a 10% é excretado na urina ou expelido pela respiração, o que é detectado pelo bafômetro.
Fatores como peso corporal, taxa de absorção gastrointestinal (presença ou não de alimentos), composição de gordura do corpo, temperatura, entre outros, influenciam a concentração de etanol no sangue após o seu uso.
Assim, uma pessoa que está com o estômago vazio, permite que cerca de 20% da dose de álcool seja absorvida no próprio estômago e os outros 80% sejam absorvidos no intestino delgado. Mas caso o indivíduo consuma álcool, com o estômago cheio, o esvaziamento gástrico é retardado e a absorção do etanol torna-se mais lenta.
O tempo de concentração máxima de álcool no sangue encontra-se na faixa de 30 a 90 minutos após o consumo. Porém, este tempo pode ser prolongado até duas horas caso grandes quantidades sejam ingeridas.
No caso das mulheres, as concentrações sanguíneas de álcool são maiores do que nos homens, quando a mesma quantidade de álcool é ingerida. Isso porque as mulheres possuem menor atividade da enzima álcool desidrogenase no estômago, a qual é responsável pela metabolização do álcool, levando a maior alcoolemia e suscetibilidade aos efeitos do etanol.
Uma fórmula matemática pode ser aplicada para relacionar a dose de bebida alcoólica ingerida com a concentração