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Friedrich Engels junto com Karl Marx realizou uma obra marcante na filosofia e na política, cuja característica principal foi a elaboração das teorias do materialismo histórico. Engels era filho de um rico industrial alemão e soube analisar a sociedade de forma muito eficiente, como poucos antes dele. Na juventude, ficou impressionado com a miséria dos trabalhadores das fábricas de sua família, uma delas em Manchester, Inglaterra. Engels completou e publicou o segundo e o terceiro volumes de O Capital, principal obra teórica do socialismo, após a morte de Marx. Com grande capacidade crítica e estilo claro - ao contrário do de seu parceiro -, escreveu sozinho algumas das obras mais importantes do marxismo, como "A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado". Ao mesmo tempo, tentou ir além de sua área de conhecimento, provando que os fundamentos do marxismo poderiam ser encontrados também nas ciências biológicas. Para isso, escreveu obras como "A Dialética da Natureza" e "O Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem", que não têm o menor fundamento científico, como se sabe atualmente. O filósofo cursou a escola secundária, abandonando-a um ano antes de se formar: seu pai insistiu em que fosse trabalhar nos negócios da família. Passou os três anos seguintes (1838-41) nos escritórios da empresa de exportação em Bremen. Sob o pseudônimo de Friedrich Oswald, escreveu artigos que lhe abriram as portas do Clube de Doutores, freqüentado por Marx. Interessou-se pelo movimento dos "Jovens Hegelianos", intelectuais esquerdistas como o teólogo e historiador Bruno Bauer e o anarquista Max Stirner que cultivavam a dialética do filósofo alemão Hegel o conceito de que o progresso racional e as mudanças históricas resultam do conflito de idéias e classes opostas, concluindo numa nova síntese. Rejeitavam, portanto, a interpretação oficial e conservadora da filosofia hegeliana que justificava