Documento de Sumaré
No Brasil, quando, na década dos anos 30, a Igreja desejava formar agentes para a Ação Social, surgiu um "modelo franco-belga", de tendência assistencialista, e, mais tarde, o "modelo americano", o "modelo clínico", apoiado em teorias psicodinâmicas. Esses modelos não respondiam ao que a Igreja desejava, mas encontravam aplicação em numerosas obras sociais então existentes, o que tornou a prática da caridade menos empírica e mais racional.
Ora, as mudanças que se efetuaram no Brasil nos anos de pós-guerra — o desenvolvimento económico e político e o progresso das ciências sociais — criaram novas situações problemáticas em todos os setores da sociedade.
Apesar de absorvidos por intensa atividade voltada para o reconhecimento da profissão e do ensino de Serviço Social, os assistentes sociais não podiam deixar de constatar as dificuldades criadas, para a melhoria da qualidade de vida, por práticas sociais que, embora revelassem grande dedicação, pouco contribuíam para a realização dos objetivos desejados.
/ Contestadores mais entusiastas, inspirados por ideologias diversas, levantaram a bandeira da "reconceituação" no início dos anos 60. Nisso, não faziam outra coisa senão levar para o Serviço Social os questionamentos de outras disciplinas sociais, políticas e económicas, que se localizavam principalmente nas universidades.^
Este fenómeno quase universal manifestou-se, em relação ao