Documento 4

Lucas Barros Fernandes
1a Subtitutiva
1-2). BRAKEFIELD, Paul Martin. Evo-devo and accounting for Darwin's endless forms. Philosophical Transactions Of The Royal Society B. Londres, p. 2069-2075. 27 jul. 2011.
3) Apesar do princípio de que "o indivíduo recapitula a história natural ao longo de seu desenvolvimento" ter sido aventado há mais de um século, só após os númerosos avanços na biologia molecular ocorridos a partir da década de setenta e oitenta é que a teoria evo-devo - a teoria moderna que trata das relações entre evolução e desenvolvimento de um ponto de vista sobretudo genético - pode ser elaborada.
A razão para isso é que até pouco tempo atrás, se conhecia razoavelmente o genoma e a fisiologia e morfologia do organismo adulto, mas as vias de desenvolvimento pelas quais o primeiro elemento se traduzia nos segundos eram completamente desconhecidas quanto aos genes envolvidos. A descoberta dos genes que contribuem para o desenvolvimento abalou a comunidade científica por causa da extensiva pleiotropia. Descobriu-se que grande parte deles eram comuns a boa parte do reino animal, de humanos a drosófilas.
Isto vai radicalmente contra o que acreditavam geneticistas e evolucionistas até meados da década de 70: que a evolução ocorria primariamente por causa do surgimento de novas proteínas sintetizadas a partir de novos genes. Ficou demonstrado que diferenças significativas entre táxons distantes podiam ser explicadas pela mera regulação de genes antigos. Evolucionistas focaram-se cada vez mais no estudo de como alterações no desenvolvimento são responsáveis por alterações morfo-fisiológicas. O foco passou a ser interruptores gênicos e o modo pelo qual "velhos genes aprendiam truques novos".
Evo-devo também trouxe alguns conceitos e problemas interessantes para a evolução, como por exemplo, o da evolvabilidade. Evolvabilidade refere-se a capacidade que um organismo tem de mudar, ocupar o morfoespaço. O conhecimento da relação genoma-desenvolvimento