documentario
E finalmente chegamos. Chegamos ao tão esperado tempo da tecnologia, anunciado com ansiedade desde os primórdios da mídia. Afinal, quem não se lembra dos simpáticos membros da família Jetson? Quem não se lembra de todas as benesses, dos carros que voam e dos fornos que cozinhavam imediatamente? Enfim chegamos, agora é uma questão de sentar, relaxar e esperar que o trabalho nos seja feito, não? Talvez não seja bem assim.
Com minha declarada orientação Freudo-Marxista não posso deixar de dizer que caímos em nossa própria armadilha, e estruturalmente é fácil de se entender tal fenômeno: O valor de uso foi exuberantemente ultrapassado pelo fetichismo das mercadorias. Os reflexos de tal fenômeno são tão nítidos quanto os projetados pelos espelhos instalados nos banheiros do shopping Iguatemi. A mercadoria não está aí a nosso serviço, e nem tem a menor pretensão de voltar ao status de ferramenta do humano.
Geramos através de nossa ideologia racional e tecnológica uma nova, mas não inédita era, a era da servidão