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O trabalho interdisciplinar demanda a capacidade de expor com clareza os ângulos particulares de análise e propostas de ações diante dos objetos comuns a diferentes profissões, cada uma delas buscando colaborar a partir dos conhecimentos e saberes desenvolvidos e acumulados pelas suas áreas.
Afirma Yamamoto (2002, p. 41) que a atuação não leva à diluição das identidades e competências de cada profissão. Ao contrário, exige maior explicitação das áreas de projetos a serem assumidos coletivamente.
O trabalho interdisciplinar e Inter setorial se torna fundamental e estratégico, bem como a ampliação do arco de alianças em torno de pautas e projetos comuns, tanto no âmbito governamental como na relação com os diferentes sujeitos e organização da sociedade civil, em especial com os usuários dos serviços públicos e suas organizações coletivas.
O desafio de recuperar o trabalho de base junto à população.
O serviço social tem uma rica trajetória de trabalho direto com a população e proximidade com o seu modo de vida cotidiano. Porém, nesses últimos tempos com o refluxo dos movimentos populares e o enfraquecimento das instâncias coletivas de representação política, o trabalho de mobilização e organização popular cedeu a formas institucionalizadas de participação.
É necessário ressaltar que, apesar de todos os obstáculos encontrados no exercício profissional, a categoria dos assistentes sociais vem construindo uma história de lutas e de resistência, apostando no futuro, mas entendendo que ele se constrói agora, no tempo presente.
Para isso, é fundamental continuar investindo na consolidação do projeto ético-político do Serviço Social, cotidiano de trabalho profissional, que caminhe na direção do desenvolvimento da sociabilidade pública capaz de refundar a política como espaço de criação e generalização de direitos.