Do terremoto a uma nova esperança

Japão: Do Terremoto a uma nova Esperança

Ao longo da história temos vários exemplos de como “impactos não esperados” podem gerar “novos começos” e, principalmente, vislumbrar alternativas a políticas anteriores que não estavam no centro das prioridades de discussão. Foi assim com o Crash da Bolsa de Nova York em 1929, onde os economistas sentiram que não é renegando o estado que o mercado irá se auto-nivelar, pelo contrário, a interação desses dois “antônimos” é fundamental para a saúde fiscal e financeira de ambos; foi assim no Pós-II Guerra Mundial, que deflagrou não só questões envolvendo os países aliados e do eixo (completamente destruídos com a Guerra e com cicatrizes sentidas até hoje), mas também como isso configurou um início da “independência africana”, ou o choque com qustões orientais, sob a otica comportamental, economica e gerenciamento político dos países; ou até mesmo a Guerra Fria, onde como num tabuleiro se implantava políticas “extraterritoriais” onde mal se tinha uma consiência de união política entre a população interna de vários países. Seguindo essa linha, o último exemplo que podemos pegar é o terremoto no Japão em 2011 e todas as suas contradições e contramedidas envolvendo o mesmo.
Alguns especialistas já acreditam que o terremoto de 2011 foi uma ótima saída para o Japão. Para os japoneses de cultura mais conservadora, é a chave para uma revolução interna, onde o seu país busca em meio a crise a união, disciplina, coragem e trabalho, fatores que sempre caracterizaram o povo japonês, e claramente visto em vários pontos críticos da sua história.
O Japão vinha enfrentando dificuldades em sua economia já há alguns anos, e com a crise de 2008, foi um dos países que mais sentiram as turbulências do mercado mundial. O crescimento de países como os Tigres Asiáticos e a China nas últimas décadas também tem alertado o Japão para necessidades de mudança e inovação dentre a sua economia como um todo: seja em políticas fiscais, planejamento